quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O jardim dos espelhos


Existem cacos espalhados em todo lugar...
estilhaços do passado, revelações propositais...
perfeitos em sua natureza bruta

e que brilham sem querer...

Sempre precisei
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto...


Formam uma trilha para os mais atentos

guias secretos para dentro do labirinto
como quem é sugado para o universo que relata
e lá entramos sem vontade de sair


Você me veio
Como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito...

Aqui brincam coelhos e cartas
Eles riem, acenam e tomam chá...
aqui e acolá... fora também
no nosso imaginário perfeito

que se alinha nas coincidências raras
Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo
Eu, homem feito
Tive medo
E não consegui dormir...
Aqui corremos como crianças descalças
Há leis sinceras, pactos divertidos e puros

e admirações verdadeiras nas coisas mais simples

como SEMPRE deveria ser...

Sou um animal sentimental
Me apego facilmente
ao que desperta meu desejo
...

No caminho uma parede de luz
de ofuscância indolor

e foi quando eu a reconheci
e assim olhei meus reflexos

e ví as mesmas sombras tristes
Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas.
Ela colheu minhas lágrimas secas
e a verdade por trás dos meus sorrisos

meus segredos profundos e improferíveis

minha dor em ter causado dor, minhas causas e honras

e comparamos nossas cicatrizes com olhares curiosos
Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades.

Que eu viva então para lavar seus medos
Arranhar seu véu altivo

e quebrar seus mistérios
que se tornam mais complexos a cada tentativa


Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo.


Que eu mostre, com tons de imprudência e ousadias a parte
que o melhor dia ainda é o hoje

e que o sopro das palavras cheias de cuidados

revelem que a caminhada será sempre mais longa que o esperado.

...sempre.                                            


(escrito por: Mario Nakamura) - lembranças de outra vida...

Um comentário:

  1. this will be my refuge ... where I can remember all the good parts and will not have to worry about forgetting you...

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